Em 5 de março de 1909 nascia em Assaré, com o nome de Antônio Gonçalves da Silva, o poeta popular que se tornou uma das grandes vozes da cultura nordestina no século XX.  Patativa do Assaré tirou da terra seu sustento, mas foi homem das letras, da poesia e do mundo, expressando toda sua genialidade em verso e prosa.

Inspirado na poesia de Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Castro Alves e a prosa de Coelho Neto, fez da sua poesia instrumento de luta e protesto, retratando as realidades do sertão, por amor à sua gente e em respeito à sua história.

Em seus 112 anos, que completaria hoje, o poeta vive através da sua poesia e seus ensinamentos. O Sistema Fecomércio, através do Sesc, reconhece a importância do legado de Patativa para a preservação da memória do nosso povo e, em seus versos, faz justa homenagem:

“Eu e o Sertão”

Sertão, arguém te cantô,

Eu sempre tenho cantado

E ainda cantando tô,

Pruquê, meu torrão amado,

Munto te prezo, te quero

E vejo qui os teus mistero

Ninguém sabe decifrá.

A tua beleza é tanta,

Qui o poeta canta, canta,

E inda fica o qui cantá.